24/Sep/2024
A disputa entre compradores do mercado interno e os exportadores têm sido decisiva na sustentação dos preços do milho no Brasil. Embora a demanda externa esteja enfraquecida devido à desvalorização do dólar e ao aumento da competitividade do milho dos Estados Unidos, a oferta restrita no mercado interno e o interesse das indústrias de etanol e ração têm mantido os preços firmes em algumas regiões. No curto prazo, a situação do milho é um pouco mais confortável que a da soja. Apesar de a China não estar comprando volumes recordes como no ano anterior, o Brasil ainda se mantém como um player relevante no mercado internacional, o que ajuda a impulsionar os preços internamente. O mercado segue comprador.
Em Mato Grosso, na região de Rondonópolis, no mercado spot, os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro e pagamento em novembro. Apesar da resistência dos produtores, que indicam R$ 52,00 por saca de 60 Kg, alguns volumes são negociados. Para 2ª safra de 2025, a negociação é pontual, com lotes pequenos fechados a R$ 47,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2025.
No Paraná, na região de Ponta Grossa, no mercado spot, os compradores indicam R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. No entanto, os vendedores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg. Para exportação, a indicação é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá, para embarque em outubro e pagamento em novembro. A oferta de milho na região está limitada, diferente das áreas norte e oeste do Estado. Para safra de verão (1ª safra 2024/2025), as negociações estão paradas, com ofertas a R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB, entrega em fevereiro e pagamento em março.