18/Sep/2024
O tempo seco e as temperaturas elevadas em diversas regiões do País seguram a comercialização de milho no mercado spot. Os produtores preferem esperar o retorno das chuvas, que devem permitir o início do plantio da soja, para negociar milho em estoque. Em algumas regiões, os vendedores apostam em alta dos preços do grão.
Em São Paulo, na região de Campinas, as indicações no mercado spot de milho são impulsionadas pela oferta restrita. Os compradores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os preços estão firmes. Nos últimos sete dias, o milho registra alta de 2,6%, cotado a R$ 63,50 por saca de 60 Kg, o maior patamar nominal desde janeiro deste ano. Apesar dos preços mais altos, as negociações estão estagnadas. Nas regiões de Cândido Mota e Ribeirão do Sul, os vendedores indicam R$ 61,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os compradores estão com muita dificuldade em originar lotes. Os produtores têm mais receio com a condição climática e com a atual falta de chuvas do que preocupação em achar algum fator para uma possível alta de preços.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado está em ritmo lento. Atualmente, os compradores no mercado spot indicam entre R$ 52,00 e R$ 52,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em outubro. No entanto, os produtores indicam entre R$ 56,00 e R$ 57,00 por saca de 60 Kg pelo mesmo contrato, travando as negociações. O produtor não tem pressa para vender. Há mais de um mês os preços estão no mesmo patamar, com poucas variações. O mercado pode ganhar mais força após o plantio da soja. Dependendo das condições da próxima safra, o milho pode se valorizar mais adiante. Para 2ª safra de 2025, os compradores indicam entre R$ 48,00 e R$ 49,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em julho e pagamento em agosto, mas o mercado segue travado. A expectativa é que as negociações avancem lentamente, de forma pontual e com volumes reduzidos.