17/Sep/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (16/09) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. Traders também embolsaram lucros após o mercado ter acumulado ganho de 1,72% na semana passada. O vencimento dezembro do grão recuou 2,50 cents (0,60%), e fechou a US$ 4,10 por bushel. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento reduziram suas apostas na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago na semana até 10 de setembro.
A posição líquida vendida desses agentes diminuiu 22% no período, de 187.994 para 146.595 lotes. O movimento de cobertura de posições vendidas deve se desacelerar daqui para frente, com traders mantendo posições confortáveis à medida que a colheita avança. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 521.118 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 12 de setembro, queda de 37,91% ante a semana anterior.
O recuo do dólar ante o Real e a alta do petróleo impediram uma queda mais acentuada dos preços. O enfraquecimento da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o bicombustível é feito principalmente com milho. A AgRural informou que o plantio do milho safra de verão (1ª safra 2024/2025) no Centro-Sul do Brasil alcançava 19% até o dia 12 de setembro, avanço de 4% ante a semana anterior. Em igual período do ano passado, 20% tinham sido semeados. O plantio segue concentrado nos três Estados da Região Sul, onde os trabalhos avançam conforme a umidade permite.