10/Sep/2024

Os preços mais remuneradores do milho no mercado spot impulsionam as negociações no Paraná. A demanda fortalecida na exportação sustenta as cotações, enquanto no interior a oferta é limitada. Em Mato Grosso do Sul, os vendedores mantêm o cereal nos silos, de olho em como o clima adverso pode afetar os preços do grão. Do lado da demanda, a procura internacional está aquecida e sustentada pela maior paridade de exportação, enquanto os compradores internos tentam repor os estoques antes que ocorram novas altas de preço.

Com o fim da colheita da 2ª safra de milho de 2024 no Brasil, a comercialização do cereal no mercado interno e nas exportações deve se intensificar, segundo o sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo. "É um movimento esperado para esta época do ano. As exportações, que estavam fracas em julho e agosto, devem ganhar força nas próximas semanas", afirmou. A demanda externa aquecida e os preços internacionais mais altos impulsionaram as cotações nos portos.

No Paraná, na região de Maringá, há registro de negócios no spot a R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro e pagamento no início de novembro, e entre R$ 67,00 e R$ 69,00 por saca de 60 Kg CIF no Porto de São Francisco do Sul (SC), para entrega em setembro e pagamento em novembro. Os compradores da indústria de ração indicam R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em setembro e pagamento em 30 dias. Os valores se mantêm estáveis nos últimos sete dias. O mercado está aquecido com os preços mais atrativos. No porto, a demanda sustenta as cotações, enquanto no interior, é a falta de oferta. Para a 2ª safra de 2025, não há indicações, de compradores e de vendedores.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em outubro. Os produtores indicam R$ 56,00 por saca de 60 Kg. O preço tem se mantido há semanas. As transações futuras também são lentas, com compradores indicando R$ 42,00 por saca de 60 e vendedores retraídos. O clima tem travado as negociações, e os agricultores preferem aguardar definições sobre os custos da 2ª safra de 2025. O atraso no plantio da soja 2024/2025 pode afetar a 2ª safra de milho de 2025.