09/Sep/2024

Segundo o Itaú BBA, a produção de etanol de milho no Brasil deve alcançar 7,8 bilhões de litros no ano safra 2024/2025, avanço de 25% em relação à temporada anterior. Esse aumento de capacidade deverá elevar também o volume de milho consumido para a produção do biocombustível, estimado em 17,3 milhões de toneladas em 2024, o equivalente a 21% do consumo doméstico de milho no País. Isso deve representar aumento de 4 milhões de toneladas em relação ao ano anterior.

Destaque para o potencial do mercado dos grãos secos por destilação, os DDGs, subproduto da produção de etanol de milho. A produção de DDGs deve atingir 5,2 milhões de toneladas em 2024, sendo que 14% deste volume, ou 740 mil toneladas, devem ser destinados à exportação. As exportações de DDGs, iniciadas em 2022, também têm apresentado crescimento robusto. De janeiro a agosto de 2024, o Brasil já exportou 491,5 mil toneladas, um aumento de 24% em comparação a igual período de 2023.

Caso essa tendência se mantenha, o volume exportado no ano deverá alcançar 744 mil toneladas, acima das 600 mil toneladas registradas em 2023. No entanto, o mercado doméstico ainda tem espaço para crescimento, desde que os preços sejam competitivos para os consumidores locais. A expectativa é de crescimento de 22% em 2024, para 4,3 milhões de toneladas. Há um amplo mercado interno a ser explorado, com um consumo potencial de 5,2 milhões de toneladas de DDGs no Brasil.

No cenário de investimentos, foram mapeados 22 projetos de novas unidades ou expansão de plantas de etanol de milho, que poderiam adicionar mais de 5 bilhões de litros à capacidade de produção. No entanto, apenas 6 desses projetos são considerados viáveis no horizonte até 2026. A produção de etanol de milho continuará em crescimento, com um aumento adicional de 11% na safra 2025/2026, alcançando 8,7 bilhões de litros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.