09/Sep/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (06/09) na Bolsa de Chicago, com o clima favorável ao avanço da colheita nos Estados Unidos. O próximo relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta segunda-feira (09/09), deverá mostrar quanto os trabalhos progrediram. O vencimento dezembro do grão recuou 4,50 cents (1,10%), e fechou a US$ 4,06 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,31%.
A alta do dólar ante o Real e o recuo do petróleo também pressionaram as cotações. O fortalecimento da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que o Brasil deverá embarcar até 6,5 milhões de toneladas de milho em setembro.
Ajustes de posição antes do relatório de oferta e demanda do USDA foram outro fator baixista para os preços. A expectativa é de que a agência continue projetando uma safra volumosa nos Estados Unidos. No mês passado, o USDA estimou a produção em 384,74 milhões de toneladas, com rendimento de 11,49 toneladas por hectare. Investidores, no entanto, também esperam uma elevação nas estimativas de demanda.
Traders precificaram a probabilidade de que o USDA vá elevar sua estimativa de exportação de milho em aproximadamente 1,27 milhão de toneladas, e provavelmente aumentar a previsão de uso de milho para etanol em 380 mil a 510 mil toneladas. As perdas foram limitadas por fortes vendas dos Estados Unidos. De acordo com o USDA, cancelamentos superaram em 173,1 mil toneladas as vendas de milho da safra 2023/2024 na semana encerrada em 29 de agosto. Para a safra 2024/2025, foram reportadas vendas de 1,822 milhão de toneladas. O saldo de vendas, de cerca de 1,649 milhão de toneladas, ficou acima do teto das estimativas de analistas, de 1,4 milhão de toneladas.