05/Sep/2024
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (04/09) na Bolsa de Chicago. Os ganhos ainda são sustentados por um movimento de cobertura de posições vendidas iniciado na semana passada. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento continuavam apostando fortemente na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago. A posição liquida vendida desses agentes diminuiu 3,34% na semana encerrada em 27 de agosto, de 257.259 para 248.665 lotes. O vencimento dezembro do cereal ganhou 3,50 cents (0,86%), e fechou a US$ 4,12 por bushel.
O tempo quente seco nas principais regiões produtoras do Brasil, onde o plantio da safra de verão (1ª safra 2024/2025) de milho já começou, também deu algum suporte aos preços. Além disso, a expectativa é de uma área reduzida na Argentina, devido à incerteza em relação à incidência da cigarrinha-do-milho, que causou sérios danos no ciclo anterior. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a área total ocupada por lavouras comerciais de milho no país deverá diminuir 1,3 milhão de hectares, ou 17%, ante a temporada anterior, para 6,3 milhões de hectares. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 65% da safra de milho no país apresentava condição boa ou excelente no dia 1º de setembro, sem variação ante a semana anterior.
A expectativa é de uma safra robusta no país. A Allendale estimou uma produção de 383,48 milhões de toneladas, levemente abaixo da previsão mais recente do USDA, de 384,74 milhões de toneladas. O próximo relatório de acompanhamento de safra do USDA já deverá mostrar o início da colheita nos Estados Unidos. No entanto, há preocupação quanto ao escoamento dessa produção, já que o nível do Rio Mississippi está abaixo do normal e restrições aos volumes transportados foram implementadas. Isso pode afetar as exportações dos Estados Unidos, uma vez que boa parte dos grãos com destino ao exterior são transportados pelo rio até os portos de Nova Orleans.