03/Sep/2024
Segundo a consultoria Céleres, o Brasil deve produzir 134,1 milhões de toneladas de milho na safra 2024/2025, considerando o 1º, 2º e 3º ciclo do cereal. Se confirmado, o volume será 3,8% superior, o equivalente a 5 milhões de toneladas a mais, ao colhido no total da temporada anterior, de 129,2 milhões de toneladas. A área total plantada no Brasil em 2024/2025 nas três safras de milho deve somar 22,6 milhões de hectares, alta de 0,9% ante 2023/24, quando foram semeados 22,4 milhões de hectares. A produtividade total deve passar de 5,8 toneladas por hectare para 5,9 toneladas por hectare. Para a safra de milho verão (1ª safra 2024/2025), que já está sendo cultivada no País, a estimativa é de queda de 2,5% na área plantada, em continuidade ao movimento visto nas temporadas anteriores. O Brasil deve semear 100 mil hectares a menos, somando 4,3 milhões de hectares projetados. O cenário de custos e preços para a safra de milho verão (1ª safra 2024/2025) sugere margens médias positivas, embora abaixo da média histórica e inferiores às da soja.
A produção de milho na safra de verão (1ª safra 2024/2025) deve aumentar 4%, o equivalente a 1,1 milhão de toneladas, para 27,1 milhões de toneladas em 2024/2025. A expectativa de um fenômeno La Niña de baixa intensidade pode ter um impacto mais significativo na safra de milho verão, especialmente na região Centro-Sul, que é mais suscetível a sofrer com menores precipitações, mesmo que o fenômeno seja de baixa intensidade. A 2ª safra de 2025 deve ocupar 17,6 milhões de hectares, 300 mil hectares mais que na temporada anterior. O cenário indica uma rentabilidade operacional média positiva de R$ 495,00 por hectare (10,9% sobre a receita bruta). Esse cenário de margens limitadas, mas positivas, ainda permite esperar um crescimento marginal na área plantada de milho na 2ª safra de 2025. O País deve colher 104,9 milhões de toneladas na 2ª safra de 2025, a depender da produtividade e do pacote tecnológico a ser adotado nas lavouras. A definição do planejamento e pacote tecnológico a ser adotado para a 2ª safra de 2025 ainda depende do andamento do clima e janela de plantio no início de 2025. A competição com culturas substitutas, como sorgo, gergelim e até trigo, ainda pode alterar a estratégia do produtor.
Com a perspectiva de uma maior produção total de milho nos três ciclos do cereal, a exportação brasileira do grão deve crescer 17% em 2024/2025, para 51 milhões de toneladas. Na temporada 2023/2024, o País exportou 43 milhões de toneladas. O consumo doméstico de milho deve aumentar 4,3% em 2024/2025, para 87,5 milhões de toneladas, dos quais 56,5 milhões de toneladas para alimentação animal e 18,3 milhões de toneladas para etanol. O consumo interno deverá ser maior tanto pela demanda por ração quanto pelos investimentos no parque de etanol de cereais. Os estoques de milho ao fim da safra 2024/2025 são estimados em 13 milhões de toneladas ante 15,7 milhões de toneladas de 2023/2024. Com isso, a relação entre estoque e consumo tende a cair de 12,4% para 9,4%. No balanço de oferta e demanda da cultura, as condições internas geram uma relação estoque/consumo levemente menor que média dos últimos cinco anos, o que pode indicar reações positivas, mas lentas nos preços internos de milho ao longo de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.