28/Aug/2024
O desempenho da comercialização de milho no Brasil em setembro dependerá da cotação do dólar. Quando o dólar sobe, os preços aumentam e os prêmios também, e isso estimula a exportação. Embora o mercado interno tenha mais peso para o milho brasileiro, a exportação confere dinamismo. Ela faz com que o comprador, a indústria nacional, se movimente e faça ofertas.
As vendas de milho no Brasil se desaceleraram em agosto, após um julho excepcionalmente forte, impulsionado pela alta do dólar, que compensou a pressão baixista da colheita do cereal sobre os preços. Julho foi fora da curva, especialmente por causa do dólar. Na média dos últimos cinco anos, o mês com maior comercialização é maio, com julho avançando 6%. Em julho de 2024, o avanço foi de 12%.
Em São Paulo, na região de Campinas, as cotações do milho no mercado spot registram recuo e não há relatos de negócios. Os exportadores indicam R$ 58,50 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Santos, para entrega em setembro e pagamento em outubro, mas os vendedores estão retraídos. Para safra 2024/2025, não há indicações de preços, tanto de compradores quanto de vendedores. Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os compradores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em outubro. Com a queda nos preços, o mercado está parado.