16/Aug/2024

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (15/08) na Bolsa de Chicago, refletindo a expectativa de condições climáticas favoráveis durante os estágios finais de desenvolvimento da safra norte-americana. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação foi outro fator baixista para as cotações. De acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 6,354 milhões e 7 milhões de toneladas de milho em agosto.

O vencimento dezembro do grão recuou 3,75 cents (0,94%), e fechou a US$ 3,97 por bushel. A John Stewart and Associates afirmou que o clima benéfico no Meio Oeste dos Estados Unidos deve limitar possíveis ralis de preço. Além disso, movimentos de cobertura de posições vendidas têm sido contrabalançados por vendas realizadas por produtores.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta quinta-feira (15/08) que exportadores do país venderam 120,5 mil toneladas de milho da safra 2023/2024, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de agosto. O volume, o menor registrado no ano comercial, representa queda de 75% ante a semana anterior e de 66% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/2025, foram vendidas 800,5 mil toneladas. O total vendido foi de 921 mil toneladas e ficou dentro das estimativas de analistas.

As perdas foram limitadas pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário elevou sua estimativa de produção de milho de 47,5 milhões de toneladas para 49 milhões de toneladas em 2023/2024. O ajuste foi motivado em parte por um aumento na área semeada, que chegou a 9,67 milhões de hectares. Para 2024/2025, a área semeada deve cair 21%, ou 2 milhões de hectares, para 7,67 milhões de hectares.