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24/Jul/2024

Preços do milho estáveis e comercialização travada

O mercado spot do milho segue travado em algumas regiões. No Paraná, os produtores venderam volume de milho na semana passada. Neste momento, avaliam possíveis efeitos da quebra na 2ª safra de 2024, o que pode impulsionar as cotações. Esse cenário de menor oferta inibe acordos em Mato Grosso do Sul, onde os produtores não veem rentabilidade nos preços atuais e preferem manter o milho nos silos. No Brasil, a sazonal disputa entre indústrias de carne e exportadores de milho no segundo semestre poderá elevar um pouco os preços no interior, embora eles ainda estejam muito longe de cobrir os custos de produção.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, no mercado spot, os compradores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento em setembro; R$ 59,00 por saca de 60 Kg CIF fábrica, para entrega em agosto e pagamento meados de setembro; e R$ 63,50 por saca de 60 Kg CIF no Porto de Paranaguá, para entrega em setembro e pagamento em outubro. A comercialização é pontual, pois os vendedores estão retraídos. Recuperação dos preços da soja, quebras de safra, férias em julho e o milho mais barato em outros Estados, como Mato Grosso do Sul, também influenciam na baixa comercialização, assim como a menor demanda exportadora. Para a safra de verão de (1ª safra 2024/2025), as indicações se mantêm estáveis em R$ 61,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em fevereiro e pagamento em março do ano que vem.

Os produtores estão afastados do mercado. Previsões de menor área plantada nos Estados Unidos, apesar de uma entrada mais forte da Argentina no mercado, também criam expectativas para uma possível alta nos preços. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, as indicações no mercado spot de milho se mantêm estáveis, entre R$ 47,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em meados de agosto. Os produtores indicam entre R$ 50,00 e R$ 51,00 por saca de 60 Kg. Além da divergência quanto aos preços, uma eventual menor colheita na 2ª safra de 2024 também desanima os vendedores a aceitar os atuais preços. Não há indicações para 2ª safra de 2025.