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08/Jul/2024

Preços do milho são pressionados pela ampla oferta

Segundo o Itaú BBA, a produção da 2ª safra de milho de 2024 no Brasil será de 96 milhões de toneladas, com o total produzido na safra 2023/2024 somando 122 milhões de toneladas. Problemas relacionados à falta de chuva em regiões importantes de produção e a incidência de cigarrinha afetaram as lavouras, entretanto, a oferta nacional deve ser robusta e seguir pressionando os preços internos. Os preços cotados na Bolsa de Chicago voltaram a ceder após três meses de valorização, pressionados pela colheita acelerada da 2ª safra de 2024 brasileira, pelo plantio dos Estados Unidos dentro da janela ideal e pelo padrão climático benéfico para o desenvolvimento das lavouras.

Apesar da condição das lavouras norte-americanas ter se reduzido nas últimas semanas, segue bem melhor do que a registrada em igual período do ano passado. Os preços do cereal cederam 3,7% na Bolsa de Chicago em junho, enquanto o grão cotado na região de Campinas (SP) caiu 1,7% no mês passado, para R$ 58,00 por saca de 60 Kg, queda que não foi maior devido à valorização do dólar. Um incremento na produção de milho dos Estados Unidos de 5,9 milhões de toneladas, para 383,4 milhões de toneladas, quando comparado com os dados do relatório de junho de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com números do relatório trimestral de área plantada e estoques, publicados no fim do mês passado, podem pressionar ainda mais os preços na Bolsa de Chicago.

Vale ressaltar que esse número é teórico e depende do comportamento do clima nos meses de julho e agosto, período de polinização do milho. A previsão meteorológica é de meses mais quentes do que a média, o que pode afetar a produtividade do cereal. As exportações dos Estados Unidos apresentam ritmo forte, impulsionadas pelos preços e pela demanda do México, que teve queda na produção em 2023/2024 e incrementou suas importações. É esperada alguma recuperação para a safra mexicana em 2024/2025, porém ainda abaixo dos níveis das safras anteriores, o que, junto com os preços mais baixos nos Estados Unidos, deve manter os embarques norte-americanos de milho em bom ritmo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.