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02/Jul/2024

Futuros em baixa com avanço da colheita no Brasil

Os futuros de milho fecharam em leve queda nesta segunda-feira (1º/07) na Bolsa de Chicago, pressionados pelo rápido avanço da colheita no Brasil, o que influenciou mais a decisão dos investidores do que alguns dados altistas dos Estados Unidos. O vencimento dezembro do grão caiu 0,25 cents (0,06%), e fechou a US$ 4,20 por bushel. Segundo a AgRural, a colheita da 2ª safra de 2024 atingia 49% da área cultivada no Centro-Sul, até o dia 27 de junho, em comparação com 34% na semana precedente e 16% um ano atrás. A colheita é a mais rápida da série histórica da AgRural, iniciada em 2013, sendo favorecida pelo tempo seco e pelas temperaturas acima da média nas últimas semanas.

A queda, porém, pode ter sido amenizada pelo recuo de 28,9% no volume de milho dos Estados Unidos embarcado na semana encerrada em 27 de junho, que somou 819.577 toneladas. Por outro lado, a perspectiva de clima favorável nos Estados Unidos é baixista. No momento, as previsões meteorológicas para a polinização não poderiam ser mais perfeitas. Alguns analistas especulam que os dados do USDA divulgados na semana passada não continham estimativas que abrangiam a extensão dos danos vistos em junho em virtude de inundações e clima quente. O último Monitor de Secas dos Estados Unidos mostrou uma leve expansão das áreas secas em estados como Ohio e Illinois.

No dia 28 de junho, o USDA informou que a área plantada com milho no país em 37,03 milhões de hectares, ante 36,44 milhões de hectares previstos no fim de março. Em contrapartida, o USDA reduziu as estimativas de estoque dos Estados Unidos, o que tende a ser altista e pode ter freado a queda dos futuros. As reservas somavam 126,83 milhões de toneladas em 1º de junho, alta anual de 21,69%. Um corte na estimativa da 2ª safra de milho de 2024 do Brasil também deve limitar perdas maiores. A StoneX projetou a 2ª safra de 2024 em 92,9 milhões de toneladas, 0,6% menor do que a estimativa de junho, de 93,49 milhões de toneladas.