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27/Jun/2024

Preços do milho pressionados no mercado interno

Segundo o Rabobank, o rápido avanço da colheita da 2ª safra de milho de 2024 no Brasil, o enfraquecimento do Real ante o dólar e a queda das cotações do cereal na Bolsa de Chicago pressionam os preços do grão nacional. Na primeira quinzena de junho, a queda foi de 1,5% ante o mês anterior. Mesmo considerando uma retração de 9% da safra brasileira de milho na safra 2023/2024, um expressivo aumento da safra na Argentina e nos Estados Unidos foi suficiente para que os três principais exportadores do cereal apresentassem um aumento da oferta do cereal de 45 milhões de toneladas quando comparado à safra anterior. Destaque também para o bom andamento do plantio da safra 2024/2025 nos Estados Unidos, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A estimativa da agência norte-americana é de uma redução da área plantada de 5% e produção de 377 milhões de toneladas, 12 milhões de toneladas a menos em relação a 2023/2024. Vale destacar que desde dezembro de 2023, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Indicador do milho Esalq/BM&F apresentou uma queda de 13%. A comercialização do milho 2ª safra de 2024 em Mato Grosso alcançou apenas 37% da produção esperada, 30% abaixo da média dos últimos 5 anos, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Se confirmado, este cenário poderá limitar consideravelmente as margens esperadas pelo produtor durante a safra 2023/2024. A atual preferência do vendedor é comercializar a soja no momento, em virtude dos preços mais atrativos.

No âmbito global, a expectativa é de queda de 1% nos estoques globais em 2024/2025. Se confirmada uma safra de 377 milhões de toneladas nos Estados Unidos, o estoque de milho deverá crescer cerca de 4% e deverá alcançar o quarto maior nível dos últimos 15 anos. Apesar da redução da área plantada e da safra, esse cenário ainda garantirá elevados estoques para o próximo ciclo. Ainda que os Estados Unidos não sejam os principais exportadores do cereal, essa expectativa pode pressionar os preços nos próximos meses. As exportações brasileiras devem ficar em 40 milhões de toneladas em 2023/2024, redução de 26% em relação ao ano anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.