24/Jun/2024

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (21/06) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O recuo do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre os contratos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão recuou 3,50 cents (0,77%), e fechou a US$ 4,53 por bushel. Na semana passada, perdeu 3,62%.

Dados de vendas externas dos Estados Unidos também pressionaram as cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 511,4 mil toneladas de milho da safra 2023/2024, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 13 de junho. O volume representa recuo de 52% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/2025, foram vendidas 93,6 mil toneladas.

O volume total foi de 605 mil toneladas, abaixo do piso das estimativas de analistas (700 mil toneladas). O otimismo em relação à safra norte-americana, apesar da onda de calor nos Estados Unidos, foi outro fator baixista para os preços. Traders e analistas não acreditam que as adversidades climáticas atuais sejam suficientes para afetar o que parece ser uma safra robusta. O mercado de grãos ainda tem pouca preocupação com as safras de milho e soja dos Estados Unidos em 2024.