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17/Jun/2024

GO: clima seco impacta nas lavouras de 2ª safra

Segundo a EarthDaily Agro, empresa que monitora áreas agrícolas a partir de análises de imagens de satélite, praticamente não choveu nos últimos 43 dias em Goiás, que tem enfrentado uma das piores secas das últimas três décadas, com o volume acumulado abaixo de 0,5 milímetro desde o início de março. Este é o menor índice de precipitação registrado nos últimos 30 anos. A seca persistente teve impacto significativo na agricultura. Nos últimos 30 dias, o volume de chuvas ficou 80%, ou mais, abaixo da média em grande parte do País, incluindo Goiás. Essa redução drástica na precipitação é uma das principais razões da queda na estimativa de produtividade do milho 2ª safra de 2024. A produtividade da 2ª safra de milho de 2024 deverá atingir 91,6 sacas de 60 Kg por hectare, em comparação com 101,3 sacas de 60 Kg por hectare na safra do ano passado. Nos últimos 30 dias, as chuvas acima da média foram registradas apenas em algumas partes do sul e nordeste, áreas que não influenciam a produção de milho 2ª safra.

Apesar da proximidade do início do inverno, as temperaturas registradas nos últimos dias têm ficado acima da média em diversas regiões do Brasil. Em estados da Região Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo, as temperaturas ficaram acima da média nos últimos 10 dias. No Rio Grande do Sul, o calor ajudou a diminuir a umidade do solo, permitindo a recuperação de áreas alagadas após as fortes chuvas no início de maio. Os modelos ECMWF (europeu) e GFS (americano) indicam precipitação abaixo da média para a maior parte do País nos próximos dias, com exceção de altas precipitações no Rio Grande do Sul e no oeste de Mato Grosso. Além disso, a previsão é de temperaturas acima da média, diminuindo o risco de geadas para o milho 2ª safra de 2024, especialmente no Paraná. Na comparação entre os dados de 10 de junho de 2023 com os de 10 de junho de 2024, observa-se uma deterioração significativa no Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI).

Embora em algumas regiões esse declínio possa ser atribuído ao plantio precoce (e consequente colheita adiantada), a produtividade do milho 2ª safra de 2024 deve ser significativamente menor em comparação ao ano anterior. Segundo a EarthDaily Agro, em Mato Grosso, a queda acentuada do NDVI não é preocupante, uma vez que o plantio precoce do milho 2ª safra de 2024 limitou os danos da seca recente e a baixa precipitação vem favorecendo a colheita. Em Mato Grosso do Sul, o aumento da umidade do solo no fim de maio não foi suficiente para uma recuperação completa das lavouras, com a seca retornando em junho. No Paraná, a seca e o calor desde o fim de abril resultaram em uma forte queda do NDVI, indicando uma piora das condições das lavouras. No Rio Grande do Sul, apesar da seca recente que facilitou o início do plantio de trigo, a previsão indica alta precipitação para os próximos dias, o que pode dificultar as operações de campo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.