05/Jun/2024

Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta terça-feira (04/06) na Bolsa de Chicago. O desempenho foi motivado em parte pela boa condição das lavouras dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 75% da safra de milho apresentava condição boa ou excelente no último domingo, em comparação a 64% um ano antes. O percentual ficou acima das expectativas de analistas. O plantio estava em 91% da área total prevista, avanço de 8% ante a semana anterior. Os trabalhos estavam em 95% na data correspondente do ano passado e em 89% na média dos cinco anos anteriores. O vencimento julho do grão perdeu 1,00 cent (0,23%), e fechou a US$ 4,42 por bushel.

Junho costuma ser um bom mês para os preços de milho, com a adição de prêmio de risco climático no mercado, mas, no momento, não há indicações nos gráficos de que tenhamos atingido um piso. O avanço do dólar ante o Real e o enfraquecimento do petróleo também pressionaram as cotações. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. As perdas foram limitadas por uma menor estimativa para a produção do Brasil. A StoneX reduziu em 3,9% sua projeção para a segunda safra brasileira de milho, para 93,5 milhões de toneladas. A revisão para baixo foi motivada por cortes nas safras de Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, em razão do clima seco nas áreas produtoras.