07/May/2024
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (06/05) na Bolsa de Chicago, acompanhando o desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também influenciou os negócios. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento julho do cereal ganhou 8,75 cents (1,90%), e fechou a US$ 4,69 por bushel. Preocupações com o desenvolvimento da segunda safra na Região Centro-Oeste do Brasil, diante do tempo quente e seco na região, também deram algum suporte aos preços. A expectativa de uma safra menor do que a prevista inicialmente na Argentina foi outro fator altista para as cotações.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua previsão de 49,5 milhões para 46,5 milhões de toneladas. No norte da área agrícola, o milho tardio vem registrando perdas tanto de rendimento quanto de área, por causa do aumento da incidência da cigarrinha-do-milho e do estresse térmico e hídrico sofrido durante um período crítico do desenvolvimento. Nos Estados Unidos, o tempo úmido no Meio Oeste do país deve ter atrasado o plantio de milho na última semana. Segundo a AgResource, os produtores devem ter semeado entre 36% e 37% da área total prevista até o dia 5 de maio, pouco menos do que a média de cinco anos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,29 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana encerrada em 2 de maio, queda de 0,95% ante a semana anterior.