06/May/2024
Os futuros de milho devolveram boa parte dos ganhos registrados no começo da sessão e fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (03/05). O vencimento julho do cereal ganhou 0,50 cent (0,11%), e fechou a US$ 4,60 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 2,28%. O mercado foi influenciado em parte por uma menor estimativa para a safra da Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua previsão de 49,5 milhões de toneladas para 46,5 milhões de toneladas. No norte da área agrícola, o milho tardio vem registrando perdas tanto de rendimento quanto de área, por causa do aumento da incidência da cigarrinha-do-milho e do estresse térmico e hídrico sofrido durante um período crítico do desenvolvimento. A colheita de milho tardio no norte do país deverá começar antes do previsto, já que a maturação das lavouras em algumas áreas foi antecipada por causa do estresse térmico e hídrico. Nessas zonas agrícolas, em média, 17% da área semeada não poderá ser colhida.
O tempo quente e seco durante o desenvolvimento da 2ª safra de 2024 na Região Centro-Oeste do Brasil também deu algum suporte aos preços. Segundo a ADM Investor Services, a umidade do subsolo é limitada para o restante da polinização e do enchimento de grãos. Os danos à safra ficarão mais evidentes com o tempo. A StoneX, porém, elevou em 1,1% sua estimativa para a produção total do Brasil, para 125,6 milhões de toneladas. A projeção é maior do que a do USDA, de 124 milhões de toneladas, e a da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 110,96 milhões de toneladas. Esses fatores foram contrabalançados pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Vendas realizadas por produtores também pesaram sobre os contratos.