29/Apr/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (26/04) na Bolsa de Chicago, revertendo ganhos iniciais. O mercado foi pressionado pela expectativa de fortes chuvas neste fim de semana em boa parte das regiões de cultivo dos Estados Unidos. O tempo úmido pode atrapalhar o plantio, mas os trabalhos já avançaram bastante nesta semana e as chuvas vão aliviar a seca em algumas áreas. Além disso, o trigo reduziu significativamente os ganhos na última hora de pregão, o que pesou sobre os contratos do milho.
Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O vencimento julho do milho recuou 2,00 cents (0,44%), e fechou a US$ 4,50 por bushel. Na semana passada, avançou 1,58%. O plantio vai continuar por outras 24 horas antes que fortes chuvas cubram o centro das Grandes Planícies, o Meio Oeste e o Delta. Os trabalhos de campo serão interrompidos, mas a seca será quase eliminada no leste de Kansas, no Missouri e em partes de Iowa.
O enfraquecimento do dólar ante o Real e o avanço do petróleo limitaram as perdas. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Preocupações com a safra da Argentina também impediram uma queda mais acentuada dos preços.
Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente caiu de 64% para 60% na última semana. A parcela em condição regular ou ruim passou de 36% para 40%. No norte da área agrícola, o milho tardio vem registrando perdas tanto de rendimento quanto de área, por causa do aumento da incidência da cigarrinha-do-milho e do estresse térmico e hídrico sofrido durante um período crítico do desenvolvimento.