25/Apr/2024

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (23/04) na Bolsa de Chicago, refletindo o fortalecimento do petróleo e a queda do dólar ante o Real. O recuo da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O mercado também foi influenciado pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal.

O vencimento julho do milho subiu 2,75 cents (0,61%), e fechou a US$ 4,52 por bushel. Bons dados de exportação dos Estados Unidos e a possibilidade de novos cortes na produção da Argentina também deram suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,62 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 18 de abril, aumento de 19,95% ante a semana anterior.

Quanto à Argentina, muitos analistas acreditam que a estimativa de safra será reduzida ainda mais, por causa do aumento da incidência da cigarrinha-do-milho nas lavouras. O USDA informou que o plantio de milho nos Estados Unidos estava em 12% da área prevista, ante 12% em igual período do ano passado e 10% na média de cinco anos. O número veio em linha com a expectativa do mercado. No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da safra de verão (1ª safra 2023/2024) de milho alcançou 56,7% da área plantada, avanço de 3,8% na semana e atraso de 2,9% entre as temporadas.