16/Apr/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (15/04) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo avanço do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Chuvas em áreas do Meio Oeste dos Estados Unidos que estão mais secas e a ampla oferta norte-americana também pesaram sobre os contratos.
O vencimento julho do grão perdeu 3,00 cents (0,67%), e fechou a US$ 4,44 por bushel. Quanto à 2ª safra de 2024 no Brasil, a AgRural observou que uma rodada de chuvas foi registrada na semana passada em pontos críticos do Paraná, sul de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, que vêm sendo castigados por altas temperaturas e falta de precipitações regulares. Mas, as pancadas, apesar de bem-vindas, não foram tão bem distribuídas. Por isso, o alerta continua ligado, especialmente no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul.
Em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, as lavouras se desenvolvem muito bem. Novas chuvas previstas para a segunda quinzena de abril alimentam a expectativa de boa safra nesses Estados, especialmente nas áreas plantadas mais cedo, que já estarão prontas para a colheita na segunda quinzena de maio. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,33 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana até 11 de abril, queda de 7,70% ante a semana anterior.