15/Apr/2024
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (12/04) na Bolsa de Chicago, refletindo cortes em estimativas para a safra da Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu sua previsão de 57 milhões de toneladas para 50,5 milhões de toneladas. A revisão foi motivada por um aumento da incidência da cigarrinha-do-milho, que atua como vetor da doença conhecida como enfezamento pálido. Desde que a bolsa começou a publicar projeções de safra, esta é a primeira vez que se observa um dano tão significativo por causa de um fator não climático.
O vencimento maio do grão avançou 6,75 cents (1,57%), e fechou a US$ 4,35 por bushel. Na semana passada, acumulou leve ganho de 0,29%. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou sua projeção de 52 milhões de toneladas para 49,5 milhões de toneladas. Somente no centro-norte de Santa Fé e no norte de Córdoba, 150 mil hectares de milho tardio que foram atacados pela praga agora serão destinados a forragem, disse a bolsa. No Nordeste e no Noroeste do país, o rendimento também vem diminuindo por causa da cigarrinha-do-milho e do estresse hídrico e térmico.
A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente caiu para 64%, de 68% na semana anterior. Já a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 32% para 36%. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte aos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou de 136,53 milhões para 137,16 milhões de toneladas o volume de milho que deve ser usado na fabricação de etanol no país em 2023/2024.