12/Apr/2024
O mercado interno de milho ainda gira volumes pontuais, com desacordo quanto aos preços entre compradores e vendedores, que consideram os atuais patamares pouco remuneradores. Por um lado, as chuvas recentes animaram os compradores e os levaram a pensar que a produção pode ser maior do que o anteriormente previsto. Mas, por outro, os vendedores ainda temem quebras e mantêm o cereal nos silos, dando preferência a negociar a soja, que no momento tem preços mais atrativos.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, as indicações no spot se mantêm estáveis em R$ 54,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Os produtores indicam entre R$ 56,00 e R$ 57,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos e condições. Em virtude da diferença nos valores propostos e da soja mais remuneradora, as negociações acontecem de forma pontual ao longo desta semana.
Para a 2ª safra de 2024, os preços se mantêm estáveis e a negociação está parada. Os compradores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto, mas os vendedores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg. O clima instável é o principal fator de entrave. Os produtores não sabem quanto vão produzir, então não têm interesse em vendas. A instabilidade climática contribui para especulações de aumento de preços.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores seguem indicando entre R$ 55,00 e R$ 56,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento de 10 a 15 dias, mas os vendedores indicam entre R$ 58,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg nos mesmos prazos e condições. O mercado está parado nesta semana. Além da divergência quanto aos preços, os produtores estão ocupados colhendo a oleaginosa. Para a 2ª safra de 2024 e para safra de verão (1ª safra 2024/2025), não há indicações de preço. Os compradores têm expectativa de que as chuvas pressionem as cotações, enquanto os vendedores rejeitam negociar nos níveis atuais.