27/Mar/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (26/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O mercado foi pressionado também pela ampla oferta dos Estados Unidos e por chuvas no Meio Oeste do país, que devem criar condições mais favoráveis para o início do plantio da safra 2024/2025. O vencimento maio do milho recuou 5,25 cents (1,20%), e fechou a US$ 4,32 por bushel.
Traders também fizeram ajustes antes dos relatórios de intenção de plantio e trimestral de estoques, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicará nesta quinta-feira (28/03). Analistas acreditam que a área de milho nos Estados Unidos será estimada em 37,24 milhões de hectares. Em fevereiro, o USDA projetou 36,83 milhões de hectares, ante 38,28 milhões de hectares em 2023. Produtores consultados pela Farm Futures preveem uma área de 37,39 milhões de hectares. Os analistas esperam também que o USDA estime os estoques de milho em 1º de março em 214,35 milhões de toneladas ante 187,86 milhões de toneladas um ano antes.
No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o plantio da 2ª de milho de 2024 atingia 96,8% da área prevista até o dia 24 de março, avanço de 4,5% na semana e de 5,7% à frente de igual período da temporada anterior. Mato Grosso, Goiás e Tocantins já concluíram o plantio. A AgRural observou que o calor e a irregularidade das chuvas preocupam, especialmente no Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul. Embora as temperaturas tenham recuado nos últimos dias, as precipitações nos dois Estados ainda deixam a desejar.