ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

15/Mar/2024

Futuros do milho recuam acompanhando o trigo

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (14/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A oferta abundante dos Estados Unidos, chuvas em áreas do Meio Oeste do país e a expectativa de uma safra robusta na Argentina também pesaram sobre as cotações. O vencimento maio do grão recuou 7,50 cents (1,70%), e fechou a US$ 4,33 por bushel. Pesquisa da corretora Allendale mostrou que produtores de milho nos Estados Unidos devem colher 394,21 milhões de toneladas na próxima temporada.

A área plantada deve diminuir de 38,28 milhões para 37,83 milhões de hectares, mas o rendimento deve aumentar de 11,13 para 11,42 toneladas por hectare, disse a corretora. Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua previsão de produção em 57 milhões de toneladas. Chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos devem aliviar um pouco a estiagem na região. O Monitor da Seca mostrou que 36% da área normalmente destinada ao milho no país tinha algum nível de estiagem na última semana, em comparação a 32% na semana anterior e 31% um ano antes. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do teto das estimativas do mercado e impediram uma queda mais acentuada.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 1,28 milhão de toneladas de milho da safra 2023/2024, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 7 de março. O volume representa alta de 16% ante a semana anterior e de 19% em relação à média das quatro semanas anteriores. Analistas esperavam vendas entre 800 mil e 1,4 milhão de toneladas. O USDA informou também que exportadores relataram venda de 100 mil toneladas de milho do ano comercial 2023/2024 para o México. O avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também limitou as perdas. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.