25/Jan/2024

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (24/01) na Bolsa de Chicago. O vencimento março do grão subiu 5,75 cents (1,29%), e fechou a US$ 4,52 por bushel. A expectativa de tempo quente e seco na Argentina desencadeou um movimento de cobertura de posições vendidas. Dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicados na sexta-feira (19/01) mostraram que fundos detinham uma grande posição líquida vendida em milho na semana até 16 de janeiro, de 271.650 lotes. Segundo analistas, o mercado aguardava uma notícia altista mais relevante para começar a cobrir essas posições.

Quanto ao Brasil, é consenso entre analistas que haverá queda de produção na safra de verão (1ª safra 2023/2024) e redução da área destinada à 2ª safra de 2024. Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá exportar 3,86 milhões de toneladas de milho em janeiro. Dados semanais de produção de etanol nos Estados Unidos vieram bem abaixo do esperado. A produção média foi de 818 mil barris por dia na semana encerrada em 19 de janeiro. O volume ficou 22,4% abaixo do registrado na semana anterior, de 1,054 milhão de barris por dia. Os estoques do biocombustível subiram 0,39% na semana, para 25,8 milhões de barris, e vieram próximos do teto das projeções do mercado.