09/Jan/2024

Os futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (08/01) na Bolsa de Chicago. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, pressionou os contratos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os negócios também foram influenciados pela queda do trigo, que é substituto direto do milho em ração animal. A oferta robusta dos Estados Unidos, as condições favoráveis na Argentina e a concorrência do Brasil foram outros fatores baixistas para as cotações.

O vencimento março do grão recuou 5,75 cents (1,25%), e fechou a US$ 4,55 por bushel. Fundos de investimento continuam aumentando suas apostas na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicados na sexta-feira (05/01), esses agentes elevaram em 16,8% sua posição líquida vendida na semana até 2 de janeiro, de 172.015 para 200.949 lotes.

Quanto ao Brasil, a expectativa é de que o País exporte 3,32 milhões de toneladas de milho em janeiro, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). No ano passado, o Brasil embarcou 55,6 milhões de toneladas do grão para o exterior. Dados semanais de inspeção de embarques dos Estados Unidos limitaram as perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 856.597 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 4 de janeiro, alta de 50,3% ante a semana anterior.