28/Nov/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (27/11) na Bolsa de Chicago, acompanhando a desvalorização do petróleo nos mercados internacionais. O combustível fóssil em baixa piora a competitividade relativa do etanol, que nos Estados Unidos é feito de milho. O vencimento março do cereal recuou 7,25 cents (1,50%), e fechou a US$ 4,75 por bushel. As perdas estão associadas às vendas contínuas dos traders, influenciados pela chegada da safra recorde norte-americana e pelas boas condições ambientais em áreas da Argentina, onde as chuvas de novembro revitalizaram as expectativas de ver uma campanha que gire em torno de 55 milhões de toneladas, depois da seca que atingiu a produção em 2022/2023.
Outro fator baixista foi a queda na demanda pelos grãos dos Estados Unidos, relatada nesta segunda-feira (27/11) nos dados de inspeção de exportação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume de milho inspecionado em portos norte-americanos foi de 406.680 toneladas, queda de 32,5% ante a semana anterior. A baixa pode ter sido contida pelo clima no Brasil, que atrasa a semeadura do cereal na Região Sul do País, devido ao excesso de umidade, e pode levar a um atraso também no plantio da 2ª safra de 2024, que tende a ser afetada pelas alterações feitas no calendário da soja. A AgRural informou que a semeadura da safra de verão (1ª safra 2023/2024) estava concluída em 83% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil até o dia 23 de novembro, em comparação com 80% uma semana antes e 88% no mesmo período do ano passado.