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23/Nov/2023

Futuros do milho recuam acompanhando petróleo

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quarta-feira (22/11) na Bolsa de Chicago, com o petróleo desvalorizado no mercado internacional, o que piora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento março do cereal recuou 1,25 cents (0,26%), e fechou a US$ 4,87 por bushel. Dados de produção e estoque de etanol dos Estados Unidos também pressionaram as cotações.

A Administração de Informação de Energia do país (EIA) divulgou que a produção média foi de 1,023 milhão de barris por dia na semana encerrada no dia 17 de novembro. O volume ficou 2,3% abaixo do registrado na semana anterior, de 1,047 milhão de barris por dia. Os estoques do biocombustível subiram 3,3%, para em 21,7 milhões de barris, enquanto as exportações somaram 78 mil barris por dia, queda de 8,2%. Em contrapartida, a baixa pode ter sido contida pelo clima adverso em regiões brasileiras.

Segundo a Agroconsult, os efeitos do fenômeno climático El Niño sobre as lavouras brasileiras provocaram um prejuízo no calendário para a 2ª safra do cereal de 2024 em função do replantio de áreas de soja por causa da falta de chuvas. Hoje, já está acontecendo a segunda onda da área plantada de milho. Muitos produtores já estão revisando a quantidade de área ou da tecnologia destinada à cultura para o milho que seria plantado até 10 de fevereiro.

A produção de milho do Brasil da safra 2023/2024 está estimada pela consultoria em 128,7 milhões de toneladas. Desse total, 100 milhões correspondem à 2ª safra de 2024 e 28,7 milhões são da safra de verão (1ª safra 2023/2024). No ciclo 2022/2023, a safra do cereal foi de 138,4 milhões de toneladas. O anúncio de uma venda avulsa também deu suporte às cotações. Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 128 mil toneladas de milho do ano comercial 2023/2024 para destinos não revelados, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).