14/Nov/2023
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) diz que a falta de chuvas e o calor extremo têm prejudicado as lavouras de soja do Estado, com perdas de produtividade, necessidade de replantio e comprometimento da janela de semeadura do milho. Os produtores já afirmam que vão reduzir a área destinada para o cereal e há também agricultores que não vão semear a cultura na safra 2023/2024. Isso traz muita preocupação, uma vez que o desenvolvimento é complexo, o produtor fica inseguro da própria comercialização e dos próprios investimentos.
Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que a semeadura da soja alcançou 91,82% no dia 10 de novembro e está 3,69% atrasados em relação à média dos últimos cinco anos. Na Fazenda Galera, em Conquista D’Oeste, que no ano passado tinha nesta época 80% das lavouras já semeadas, ainda não iniciou o plantio 2023/2024, faltando pouco mais de 40 dias para encerrar o período de semeadura, que vai até 24 de dezembro. A semeadura do milho já foi descartada e o grupo já prevê a necessidade de ir ao mercado para comprar milho para alimentar os bois em confinamento.
Na Fazenda Flor de Lis, em Santo Antônio do Leste, o plantio começou com 20 dias de atraso em relação à safra passada. Porém, de 300 hectares semeados, foi preciso replantar 120 hectares, pois alguns talhões ficaram cerca de 20 dias sem chuvas. A área destinada para o milho será reduzida em 70%. Na Fazenda Juliana, em Sorriso, o plantio da soja tem 10 dias de atraso e é estimada redução de 15% a 20% na produtividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.