26/Oct/2023
Segundo o Itaú BBA, a seca que afeta a navegabilidade nos principais rios da Bacia Amazônica gera preocupação quanto às exportações de grãos pelo Arco Norte, sobretudo o escoamento da 2ª safra de milho de 2023, cujas exportações são crescentes. Ainda que até setembro os números não tenham apresentado reflexo dos problemas com a seca na região, a movimentação do milho começou a ser feita também por caminhões até os terminais fluviais, porém a um custo bem mais elevado.
Em outubro, os dados de line up já começam a mostrar uma migração das cargas do Norte para o Sul, principalmente para o Porto de Santos (SP), o que deve se refletir em aumento do tempo de espera no porto. Além de um possível encarecimento do frete para a rota até o Porto de Santos e do impacto negativo para os prêmios de exportação, a preocupação é de que o programa de exportação de milho possa ser afetado.
A expectativa é de que o Brasil embarque entre 52 e 57 milhões de toneladas do cereal até janeiro/2024, quando termina o ano comercial. Até setembro, já foram exportados 28 milhões de toneladas e, em outubro, os dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam para algo em torno de 9 milhões de toneladas para o mês, o que, se confirmado, somaria 37 milhões de toneladas. Faltariam ainda cerca de 20 milhões de toneladas a serem embarcadas entre novembro e janeiro.
A disponibilidade de milho no Brasil ainda é grande, com bastante produto a ser comercializado. O ponto de atenção para que os cerca de 20 milhões de toneladas sejam alcançados até janeiro será a eficiência dos portos da Região Norte, até que ponto isso será prejudicado pela seca. Além disso, a capacidade de embarque no Porto de Santos também será testada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.