09/Oct/2023
Produtores brasileiros estão se acostumando de novo a parâmetros normais de preços das commodities agrícolas, após terem alcançado níveis recordes e impulsionado a produção, afirmou sócio diretor da Cogo Inteligência em Agropecuária, Carlos Cogo, em palestra no Seminário da Abimaq na sexta-feira (06/10). “Esse crescimento começa a perder fôlego e não é só na soja”, destacou Cogo. Ele citou, como consequência, queda na área de milho 1ª safra na Região Sul e uma possível redução "moderada" na 2ª safra. A projeção é de uma queda de 300 mil hectares na 1ª safra ante 2022/2023, para 4,1 milhões de hectares, de 100 mil hectares na 2ª safra, para 17,1 milhões de hectares, e também de 100 mil hectares na 3ª safra, para 700 mil hectares. O analista projeta que o Brasil semeará 78,7 milhões de hectares com grãos em 2023/24, acima dos 78,1 milhões de hectares de 2022/2023. Já a produção de grãos é estimada em 328 milhões de toneladas, 6 milhões de toneladas acima de 2022/2023.
Por região, 47% dos grãos produzidos no Brasil devem vir do Centro-Oeste, 29% do Sul, 13% da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), 8% do Sudeste e 3% de outras áreas. A expectativa é de que o País continue como maior exportador de grãos, com 156,4 milhões de toneladas previstas para o ciclo 2023/2024, ante 136,3 milhões de toneladas dos Estados Unidos no mesmo período. Em relação às carnes, o País manterá a liderança na exportação. Em 2022, o Brasil respondia por 24% da carne bovina e 36% da carne de frango. Em relação à carne suína, segue na quarta posição, com 11%. Para Cogo, ainda há desafios a enfrentar, entre eles a dependência externa de fertilizantes, assim como a necessidade de aumentar a área irrigada no Brasil e a capacidade estática de armazenagem, além da renovação na frota de tratores e colhedoras e o incremento da conectividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.