28/Sep/2023

A negociação de milho tem sido impulsionada pelo mercado interno, com pouca influência da Bolsa de Chicago nos preços, já que as exportações estão mais pontuais. Na Região Centro-Oeste, a maior demanda é da indústria de ração no spot, enquanto para a 2ª safra de 2024 a demanda vem da indústria de etanol. Na Região Sul, onde há plantio de trigo, os produtores têm dado preferência à venda do cereal, visto que a liquidez do milho ainda é baixa para cobrir o custo de produção.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a indicação de compra está entre R$ 42,00 e R$ 43,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em outubro ou novembro e pagamento em 30 dias, valores estáveis nos últimos sete dias. Em relação às vendas antecipadas de milho da 2ª safra de 2024, as indicações de compra se mantêm em R$ 40,00 por saca de 60 Kg, mas as negociações estão lentas, sem negócios registrados nesta semana. Os produtores indicam R$ 42,00 por saca de 60 Kg.

No Rio Grande do Sul, na região de Santa Rosa, a indicação de compra está entre R$ 58,00 e R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, estáveis nos últimos sete dias. os vendedores desejam entre R$ 65,00 e R$ 70,00 por saca de 60 Kg. Não têm rodado volumes significativos devido ao desacordo sobre os preços entre as pontas compradora e vendedora.

Somado a isso, os produtores estão mais preocupados com a colheita do trigo, que no momento é afetada pelo clima no Estado. Para a safra de verão (1ª safra 2023/2024), as indústrias de ração e de etanol têm indicado entre R$ 57,00 e R$ 58,00 por saca de 60 Kg no mercado de lotes, para janeiro e pagamento em fevereiro e entre R$ 62,50 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg no Porto de Rio Grande, para janeiro ou fevereiro e pagamento em março. Não têm rodado volumes, pois os produtores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB no interior.