21/Sep/2023

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (20/09) na Bolsa de Chicago. O desempenho refletiu em parte um movimento de cobertura de posições vendidas. Fundos podem estar recomprando contratos diante da possibilidade de novas quedas no rendimento nos Estados Unidos e do grande volume de apostas na queda dos preços na Bolsa de Chicago. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos elevaram sua posição líquida vendida em 43,6% na semana até 12 de setembro, para 138.163 lotes.

O vencimento dezembro do grão avançou 6,00 cents (1,26%), e fechou a US$ 4,82 por bushel. A perspectiva de uma safra menor no Brasil também deu algum suporte aos preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Brasil deverá produzir um total de 119,84 milhões de toneladas de milho na safra 2023/2024, incluindo as 3 safras anuais do cereal. Se o volume for confirmado, será 9,1% menor do que o colhido na temporada passada, de 131,87 milhões de toneladas. Mesmo assim, a concorrência brasileira continua pesando sobre os preços do grão. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 9,7 milhões e 10,317 milhões de toneladas de milho em setembro.

Dados de produção de etanol nos Estados Unidos também limitaram os ganhos. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia (EIA), a produção média foi de 980 mil barris por dia na semana encerrada em 15 de setembro. O volume ficou 5,68% abaixo do registrado na semana anterior, de 1,039 milhão de barris, e abaixo do piso das estimativas de analistas, de 1,010 milhão de barris. Os estoques subiram 2,4%, para 21,7 milhões de barris, enquanto o mercado esperava um volume entre 21,05 milhões e 23,1 milhões de barris.