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06/Sep/2023

MT divulga a 1ª estimativa para a 2ª safra de 2024

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em sua primeira estimativa para o próximo ciclo, a área plantada com milho em Mato Grosso na safra 2023/2024 deve cair 2,81% em relação à safra atual, para 7,28 milhões de hectares. O recuo na área cultivada com milho está sendo pautado pela desmotivação dos produtores, uma vez que os preços de comercialização do cereal no Estado não estão cobrindo os custos para a temporada. Ainda, apesar da queda entre safras, a área para temporada futura ainda está 1,88% maior que a safra 2021/2022. A produtividade da safra 2023/2024 de milho é estimada em 103,70 sacas de 60 Kg por hectare, 11,27% abaixo do consolidado em 2022/2023.

Apesar da queda, os números ainda são preliminares, uma vez que há outros pontos que podem afetar os rendimentos no decorrer do desenvolvimento do cultivo, como por exemplo as condições climáticas, ocorrência de pragas e doenças, além das incertezas dos investimentos para o cultivo, devido ao alto custo de produção. Com a menor área plantada e rendimento por hectare inferior na comparação anual, a produção de milho no Estado deve cair 13,76% na safra 2023/2024 ante o ciclo atual, projetada em 43,30 milhões de toneladas. A menor colheita tende a refletir também nas exportações do milho, que devem somar 27,21 milhões de toneladas em 2023/2024, queda de 12,25% ante o ciclo passado.

Influenciado, principalmente, pela perspectiva de retomada da produção de países como Estados Unidos e Argentina, que sofreram com a seca na temporada passada. O consumo interestadual do cereal deve recuar 10,90% ante a temporada passada, para 4,54 milhões de toneladas. Essa menor projeção de consumo foi influenciada pela expectativa positiva em relação a produção do Sul do Brasil, visto a confirmação do El Niño para a safra 2023/2024. O consumo local do cereal deve crescer 2,78%, para 14,69 milhões de toneladas. A demanda pelo milho de Mato Grosso é estimada em 46,44 milhões de toneladas, queda de 8,38% ante a temporada anterior.

Os estoques finais para a temporada 2023/2024 devem totalizar 889,91 mil toneladas, 56,01% a menos que a safra 2022/2023. Para o ciclo 2022/2023, cuja colheita terminou recentemente e a produção totalizou 52,54 milhões de toneladas, incremento de 19,84% ante a temporada anterior. A área foi consolidada em 7,49 milhões de hectares, alta anual de 4,83%, e a produtividade média ficou em 116,87 sacas de 60 Kg por hectare, aumento de 14,32% contra a temporada anterior. No que tange a produtividade, as boas condições climáticas durante o desenvolvimento das lavouras, principalmente, das áreas que ficaram fora da janela considerada ideal, foram favorecidas com a postergação das chuvas nesse ano, o que acabou contribuindo para o aumento nos rendimentos da safra.

A oferta de milho na temporada somou 52,71 milhões de toneladas, aumento anual de 20,19% ante a safra 2021/2022. A demanda subiu 1,72% entre as temporadas, alcançando 50,69 milhões de toneladas em 2022/2023. A expectativa de exportação para a safra 2022/2023 foi elevada 2,95%, para 31,01 milhões de toneladas. O consumo interestadual foi mantido em 5,09 milhões de toneladas. Com o ajuste na oferta e demanda, os estoques finais para a temporada 2022/2023 ficaram previstos em 2,02 milhões de toneladas, 1.061,71% a mais que a temporada 2021/2022, devido ao atraso na comercialização do cereal no Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.