05/Sep/2023
Os preços do milho se mantêm praticamente estáveis nas regiões produtoras do País, mas, mesmo com cotações firmes, a negociação é lenta. O descordo sobre preços entre a ponta compradora e vendedora impede acordos. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, a indicação de compra no spot é de R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos. Mas, os produtores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Os compradores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em outubro e R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para embarque e pagamento em novembro. Para prazos mais distantes, as intenções de venda estão entre R$ 43,00 e R$ 45,00 por saca de 60 Kg. Os produtores estão retraídos. A falta de liquidez no spot segue sendo um problema. Para a 2ª safra de 2024, a indicação se mantém estável, entre R$ 37,00 e R$ 38,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em 30 de agosto do ano que vem.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a indicação de compra para o milho no spot está entre R$ 53,00 e R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB Ponta Grossa, para retirada imediata e pagamento em no máximo dez dias. Para entrega no Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 57,00 por saca de 60 Kg, para embarque em novembro e pagamento no fim de novembro. Os produtores, porém, indicam no mínimo R$ 60,00 por saca de 60 Kg. As indicações para o Porto de Paranaguá estão alongadas para novembro porque os trabalhos nos terminais seguem atrasados, em razão das chuvas. A logística está atrasada entre 30 e 45 dias. No mercado interno, embora não haja problemas logísticos, a comercialização é pontual, em razão da diferença de preços indicadas pelos participantes do mercado, mesmo com as cotações estáveis. Na região norte, com a 2ª safra de 2023 em plena colheita, as indicações de compra alcançam no máximo R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 10 a 15 dias, enquanto o produtor indica entre R$ 53,00 e R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. Quanto à safra de verão (1ª safra 2023/2024), não há indicações, nem de vendedores, nem de compradores.