04/Sep/2023

A linha de crédito dolarizada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reestruturação das dívidas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul prejudicados pela estiagem nos últimos três anos será R$ 3,5 bilhões, podendo alcançar R$ 4 bilhões. As taxas de juros ficarão entre 7,5% e 8% ao ano, acrescidas de variação cambial, com prazo de cinco anos. As cooperativas vão acessar os recursos por meio dos bancos repassadores, que repassarão para os produtores rurais. É um prazo razoável para atender uma linha de capital de giro.

Além da linha em dólar, continuará disponível o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuária (Procap-Agro Giro), linha do BNDES voltada às cooperativas com prazo de dois anos e juros de 11,5% ao ano em Reais. Para acessar a linha, os produtores terão a condicionante de aderir ao programa Operação 365 da Embrapa, que prevê a cobertura do solo por diversos cultivos ao longo de todo o ano e a revitalização do solo. A medida contempla os anseios dos produtores e das cooperativas que queriam capital de giro para a próxima safra. A linha deve estar disponível nos próximos 30 dias.

O prazo e a forma de repasse da linha foram ajustados pelo BNDES com representantes da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul). A ideia do Ministério da Agricultura e das cooperativas é reestruturar o perfil da dívida dos produtores para longo prazo a fim de que eles tenham recursos no curto prazo para custear a safra que será plantada a partir de outubro. O valor da linha foi estimado pelas próprias cooperativas como necessário para alongar os débitos de curto prazo dos produtores ou para a compra imediata dos insumos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.