23/Aug/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (22/08) na Bolsa de Chicago, apesar de uma leve piora na condição das lavouras nos Estados Unidos. O vencimento dezembro do cereal recuou 3,00 cents (0,62%), e fechou a US$ 4,79 por bushel. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 58% da safra apresentava condição boa ou excelente até o dia 20 de agosto, queda de 1% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 55%. O mercado foi pressionado pela concorrência do Brasil no mercado de exportação e por dados da expedição de safra Pro Farmer, que está percorrendo nesta semana lavouras no Meio Oeste dos Estados Unidos.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que os embarques brasileiros de milho deverão somar entre 8,5 milhões e 10,282 milhões de toneladas em agosto. A colheita da 2ª safra brasileira de milho de 2023 atingia, no dia 19 de agosto, 78,8% da área estimada no País, avanço de 6,4% na semana, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Há atraso ante a temporada anterior, quando 90,2% das lavouras estavam colhidas. Quanto à expedição Pro Farmer, a produtividade média do milho em Ohio foi estimada em 183,94 bushels por acre (11,55 toneladas por hectare), avanço de 5,6% ante a projeção de um ano atrás.
Na comparação com a média das últimas três temporadas, o rendimento subiu 4,7%. Em Dakota do Sul, a estimativa para o milho foi de 175,64 bushels por acre (11,02 toneladas por hectare), 48,3% maior que a do ano passado. Na comparação com a média das últimas três temporadas, o rendimento está 5,15% maior. Na parte leste da expedição, a safra de milho em Ohio estava em condição excelente, embora um pouco menos madura do que o esperado. A umidade do solo estava boa, o que foi crucial. Dakota do Sul tem a base para uma boa safra de milho em 2023 e para uma ótima recuperação dos problemas de 2022, se os próximos 10 dias não anularem o potencial visto nas lavouras.