15/Aug/2023

Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (14/08) na Bolsa de Chicago. O vencimento dezembro do cereal ganhou 0,50 cent (0,10%), e fechou a US$ 4,87 por bushel. Alguns traders recompraram contratos após dados terem mostrado que fundos de investimento passaram a apostar na queda dos preços de milho na semana encerrada em 8 de agosto. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida desses agentes passou de comprada em 12.675 lotes para vendida em 33.053 lotes.

Dados de inspeção de exportação nos Estados Unidos também deram algum suporte aos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 398.269 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 10 de agosto, alta de 2,65% ante a semana anterior. Esses fatores foram contrabalançados pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

A estimativa do USDA para estoque nos Estados Unidos, que veio acima do esperado, também pesou sobre os contratos. O USDA estimou as reservas domésticas do grão em 55,94 milhões de toneladas ao fim de 2023/2024, em comparação a 57,45 milhões de toneladas na previsão de julho. A ampla oferta brasileira foi outro fator de pressão para as cotações. Segundo o USDA, os embarques do Brasil devem somar 56 milhões de toneladas em 2022/2023. A colheita da 2ª safra de 2023 no Centro-Sul do País estava 71% concluída até o dia 10 de agosto, de acordo com levantamento da AgRural. O número representa avanço de 7% ante a semana anterior e atraso de 14% ante igual período do ano passado.