11/Aug/2023
Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quinta-feira (10/08) na Bolsa de Chicago. O mercado foi impulsionado pelo recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras. A concorrência do Brasil, que pode embarcar até 9,87 milhões de toneladas de milho em agosto, segundo estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), vem afetando a demanda pelo grão norte-americano. O vencimento dezembro do cereal ganhou 2,00 cents (0,40%), e fechou a US$ 4,96 por bushel.
Os negócios também foram influenciados por ajustes de posição antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (11/08). O tempo úmido em áreas de cultivo dos Estados Unidos impediu uma alta mais acentuada das cotações. O Monitor da Seca dos Estados Unidos mostrou que 49% da área de milho do país apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 57% na semana anterior. Em Iowa, o principal Estado produtor, a parcela com seca moderada diminuiu de 82,52% para 78,47%.
A parcela com seca severa caiu de 30,29% para 27,24%. O USDA informou que exportadores venderam 150,4 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 3 de agosto. O volume representa aumento de 40% ante a semana anterior, mas queda de 47% ante a média das quatro semanas anteriores. Para o ano comercial 2023/2024, foram vendidas 758,4 mil toneladas. A soma das duas safras é de 908,8 mil toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou de 127,77 milhões de toneladas para 129,96 milhões de toneladas sua estimativa para a produção total de milho 2022/2023 no Brasil. Para a 2ª safra de 2023, a projeção foi aumentada de 98,04 milhões de toneladas para 100,18 milhões de toneladas.