08/Aug/2023
O distanciamento de produtores e compradores das negociações de milho persiste em importantes regiões produtoras do cereal, como Mato Grosso e Paraná, impedindo que grandes volumes sejam comercializados. Os vendedores seguem pouco interessados em se desfazer de mais lotes, não só por causa dos patamares baixos dos preços, mas também porque já entregaram boa parte da produção comercializada com antecedência. Entre os compradores, boa parte das tradings voltou a focar na negociação de soja, aguardando um recuo dos custos com frete.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, o mercado é lento. Somente usinas de etanol têm buscado milho. Várias tradings se voltaram para a soja. A indicação de compra de usina de etanol é de R$ 34,00 por saca de 60 Kg, para embarque imediato e pagamento em setembro. Para exportação, tradings indicam entre R$ 30,00 e R$ 33,00 por saca de 60 Kg, em alguns casos para pagamento em outubro. A ideia dos produtores é voltar a negociar por R$ 40,00 por saca de 60 Kg. O produtor está priorizando os contratos já fechados. Quanto à 2ª safra de 2024, não há referências de compra ou venda.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, o mercado spot do milho segue travado. No Porto de Paranaguá, a indicação de compra é de R$ 60,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em setembro e pagamento no fim de setembro. Entretanto, os produtores indicam em torno dos mesmos R$ 60,00 por saca de 60 Kg, mas no FOB, nos mesmos prazos. Quanto ao milho da safra de verão (1ª safra 2023/2024), não há sequer indicação.