03/Aug/2023
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (02/08). O desempenho refletiu o clima mais úmido no Meio Oeste dos Estados Unidos, que dá suporte à expectativa de produção recorde no país. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil, também pressionou as cotações. O vencimento dezembro do grão recuou 6,75 cents (1,33%), e fechou a US$ 5,00 por bushel.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que as exportações brasileiras de milho totalizaram 5,938 milhões de toneladas em julho, ante 5,629 milhões de toneladas um ano antes e 1,230 milhão de toneladas no mês anterior. Os embarques brasileiros em 2022/2023, previstos em 52 milhões de toneladas, devem superar em 10 milhões de toneladas as exportações norte-americanas, projetadas em 41,9 milhões de toneladas no último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A Anec destacou o apetite chinês pelo milho brasileiro, apontando que a China importou 2,23 milhões de toneladas nos sete meses de 2023. O volume deverá se intensificar no segundo semestre. Dados de produção de etanol nos Estados Unidos vieram abaixo da expectativa do mercado. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. A produção média foi de 1,067 milhão de barris por dia na semana encerrada em 28 de julho, queda de 2,47% ante a semana anterior. Os estoques do biocombustível ficaram em 22,9 milhões de barris, recuo de 1,29% ante a semana anterior.