28/Jul/2023
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (27/07). Os negócios foram influenciados pelo avanço do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros. O vencimento dezembro do grão recuou 6,00 cents (1,09%), e fechou a US$ 5,42 por bushel. A concorrência do Brasil no mercado de exportação e a perspectiva de maiores vendas da Argentina também pesaram sobre os contratos. Embora a colheita da 2ª safra de 2023 no Brasil esteja atrasada, a expectativa é de produção recorde. A previsão de maiores vendas da Argentina se deve à quarta rodada do Programa de Incentivo às Exportações (PIE), conhecido como ‘dólar agro’.
A medida, que agora inclui o milho, estabelece um câmbio especial de 340 pesos por dólar que ficará em vigor até 31 de agosto, para incentivar as vendas por parte de produtores e aumentar as reservas do banco central do país. Somente com o milho, o governo argentino espera arrecadar US$ 2 bilhões. De acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos, a parcela da área de milho do país com algum nível de estiagem aumentou de 55% para 59% na última semana. Em Iowa, o principal Estado produtor, a parcela com seca moderada passou de 77,62% para 82,85%, enquanto a parcela com seca severa subiu de 17,78% para 18,25%. Segundo a Central States Commodities, o mercado está subestimando muito o impacto do calor intenso sobre a safra de milho.
O relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta segunda-feira (31/07), pode mostrar uma piora significativa na condição das lavouras. Para a Summit Commodity Brokerage, o mercado já embutiu nos preços o tempo quente e seco desta semana e a situação na Ucrânia no momento, e agora está se consolidando. Em relatório semanal, o USDA informou que exportadores venderam 314,2 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 20 de julho. O volume representa aumento de 33% ante a semana anterior e de 15% ante a média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 335,8 mil toneladas. A soma das duas safras é de 650 mil toneladas.