25/Jul/2023
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em forte alta nesta segunda-feira (24/07), após ataques russos a terminais ucranianos no Rio Danúbio. Os ataques com drones destruíram três armazéns de grãos no Porto de Reni, e também atingiram o Porto de Izmail. Com o fim do acordo do Mar Negro, o Danúbio era visto como uma rota alternativa para a Ucrânia enviar grãos ao exterior. O vencimento dezembro do cereal subiu 32,00 cents (5,97%), e fechou a US$ 5,68 por bushel.
O desempenho também refletiu a expectativa de clima quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos nos próximos dias. As condições devem ser bastante estressantes para as lavouras de milho, que em algumas áreas estão na fase de polinização. Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
A AgRural informou que a colheita da 2ª safra de milho 2023 atingiu 47% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil até o dia 20 de julho. Apesar do bom avanço sobre os 36% de uma semana antes, os trabalhos continuaram atrasados na comparação com os 62% de igual período do ano passado. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 309.981 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 20 de julho, queda de 24,66% ante a semana anterior.