ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

19/Jul/2023

Fim do Acordo do Mar Negro impacta mais no milho

Segundo o banco alemão Commerzbank, as consequências do fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro são muito mais graves para o mercado de milho do que para o de trigo. Isso porque a Ucrânia deve ser responsável por 10% das exportações globais de milho da safra 2023/2024 ante 5% das de trigo, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Além disso, o corredor de grãos até agora tem sido usado principalmente para exportar milho que, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), já representou 50% das exportações totais.

Isso é especialmente relevante para a União Europeia (UE) que, de acordo com o USDA, provavelmente importará cerca de um quarto de sua demanda de milho este ano e para a qual a Ucrânia teria sido uma fonte importante. No entanto, uma recente melhora nas condições de safra dos Estados Unidos pode amenizar a situação, ao aliviar a oferta global, apesar da seca em diversas regiões de cultivo. A partir de agora, o mercado deve voltar suas atenções para as reações da Ucrânia e da União Europeia, que podem tentar continuar as exportações de grãos por via marítima. No entanto, isso provavelmente só seria possível a um preço muito mais alto, por causa do risco de ataques da Rússia. Resta saber se as companhias marítimas e de seguros estarão dispostas a assumir tal risco.

A Rússia encerrou a sua participação no acordo de exportação do Mar Negro no dia 17 de julho, apesar de não ter fechado completamente a possibilidade de uma prorrogação. O motivo para a retirada foi não ter suas demandas atendidas, como a reinclusão do banco agrícola russo no sistema Swift e a retomada de um oleoduto para exportação de amônia, que recentemente foi danificado nos combates. Imediatamente após o fim do acordo, os preços do trigo na Bolsa de Chicago subiram, mas foram corrigidos, possivelmente na esperança de que a Rússia voltasse atrás na decisão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.