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18/Jul/2023

Futuros caem apesar do fim do Acordo do Mar Negro

Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta segunda-feira (17/07), apesar de a Rússia ter abandonado o acordo de exportação de grãos do Mar Negro. Isso implica em redução do potencial de exportação do milho, já que agora a Ucrânia terá de transportar seus grãos pelo Danúbio e por ferrovia/rodovia. A decisão da Rússia, no entanto, não causou grande surpresa, já que o país tinha ameaçado abandonar o acordo várias vezes ao longo do último ano. A queda do milho é o mercado dizendo que não foi surpreendido pela notícia.

O vencimento dezembro do grão caiu 7,75 cents (1,51%), e fechou a US$ 5,06 por bushel. A possibilidade de uma 2ª safra de 2023 volumosa no Brasil, mesmo com o atraso na colheita, também pressionou as cotações. A área cultivada com milho na 2ª safra de 2023 estava 36% colhida no Centro-Sul do Brasil até o dia 13 de julho, de acordo com levantamento da AgRural. Os trabalhos avançaram 9% ante os 27% de uma semana antes, mas continuaram bem atrás dos 53% de igual período do ano passado. Em Mato Grosso e Goiás, o tempo seco que predominou na semana passada permitiu um avanço mais acelerado dos trabalhos.

Os relatos de produtividade que chegam das lavouras dos dois Estados reforçam as estimativas de supersafra. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, foi outro fator baixista para os preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 363.818 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos EUA na semana encerrada em 13 de julho, aumento de 4,07% ante a semana anterior.