ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

04/Jul/2023

Seca nos EUA pode elevar preços do milho no Brasil

Segundo a Céleres, revisões nas projeções de produtividade do milho dos Estados Unidos, atualmente estimada no nível recorde de 11,4 toneladas por hectare, são esperadas após o clima seco que levou o percentual de lavouras em situação boa a excelente ao pior patamar para ao mês de junho das últimas 20 safras. A qualidade das lavouras norte-americanas deve influenciar também as cotações do cereal no Brasil. Em quatro das últimas onze safras analisadas, houve piora nas condições de safra nos Estados Unidos e elevação dos preços de milho no País (média de +29,8%).

No caso do milho, os futuros negociados na B3 tiveram valorização de 6,1% em junho mesmo com o início da colheita do milho 2ª safra de 2023. Na última forte quebra de safra norte-americana, em 2012, o mercado viu o milho internacional saltar de U$S 6,30 por bushel para US$ 8,00 por bushel, valorização de 27,4%. Essa flutuação nos preços globais culminou no aumento dos preços do cereal de R$ 18,40 por saca de 60 Kg para até R$ 24,90 por saca de 60 Kg em Rondonópolis (MT), valorização de 38,3%. A continuidade da valorização dos preços nacionais dependerá da evolução da safra nos Estados Unidos e do andamento da exportação do cereal no segundo semestre.

Diante da colheita de mais de 100 milhões de toneladas de milho na 2ª safra de 2023 no Brasil, a pressão logística (transporte e armazenamento) nos próximos 30 a 45 dias deverá pressionar os prêmios portuários e preços internos do cereal no período. Esses fatores, juntamente com a curva futura de preços, deverão ser levados em consideração para estratégias de comercialização entre o milho a ser colhido e a soja ainda armazenada pelo produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.