29/Jun/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa expressiva nesta quarta-feira (28/06) na Bolsa de Chicago, com expectativa de chuvas na primeira quinzena de julho, mês considerado essencial para o cereal. O milho para dezembro recuou 24,25 cents (4,32%) e fechou a US$ 5,36 por bushel. Já foram registradas chuvas no Leste e no Sul do Cinturão do Milho dos Estados Unidos. Tais precipitações são uma prévia da perspectiva de chuvas acima do normal para a primeira metade de julho para grande parte das regiões produtoras de grãos do Meio Oeste e das Grandes Planícies.
Caso essas chuvas de fato ocorram, elas favoreceriam os solos e as lavouras. Embora grande parte das vendas esteja ligada a uma mudança nas perspectivas de precipitação para o Cinturão do Milho nas próximas duas semanas, a divulgação iminente dos relatórios de área e estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta-feira (30/06) leva os traders a fazer um ajuste de posições, prevendo negociações voláteis. Os relatórios são um "redutor de velocidade" que complica a maneira como o mercado vem operando. Investidores do mercado de milho também repercutiram o relatório da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA).
A produção média de etanol do país ficou estável na última semana, em 1,052 milhão de barris no período encerrado em 21 de junho. Já os estoques do biocombustível aumentaram 0,9%, para 23 milhões de barris, enquanto as exportações somaram 104 mil barris na semana, alta de 19,5% ante 87 mil barris na semana passada. No entanto, a baixa do milho pode ter sido contida por sinais de demanda pelo grão norte-americano. Segundo o USDA, exportadores do país relataram vendas avulsas de 170,706 mil toneladas para o México. Do total, 21,340 mil toneladas são com entrega no ano comercial 2022/2023 e 149,366 mil toneladas com entrega no ano comercial 2023/2024.