23/Jun/2023

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (22/06) na Bolsa de Chicago, com movimento de embolso de lucros após quatro sessões positivas e valorização acumulada de mais de 14% no período. Os contratos também foram pressionados, em parte, pelo aumento da umidade em regiões produtoras dos Estados Unidos. A previsão meteorológica é mais úmida para o noroeste do Cinturão do Milho e para a metade leste das Planícies do Norte de 1º a 3 de julho. O vencimento dezembro do grão recuou 6,50 cents (1,04%), e fechou a US$ 6,17 por bushel.

Outro fator baixista para o grão foi o corte nos volumes de mistura propostos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Os resultados do etanol ficaram aquém das expectativas do setor. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente a partir de milho. Na versão final do relatório Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) dos Estados Unidos, a EPA reduziu o volume de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho para 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros) tanto para 2023 quanto para 2024 e 2025.

Anteriormente a agência previa 15 bilhões de galões em 2023, mas 15,25 bilhões de galões em 2024 e em 2025 (57,72 bilhões de litros). A desvalorização do grão foi aprofundada pelo aumento da oferta e dos estoques de etanol nos Estados Unidos. A produção média de etanol nos Estados Unidos foi estimada em 1,052 milhão de barris por dia na semana encerrada em 14 de junho pela Administração de Informação de Energia do país (EIA). O volume representa avanço de 3,34% ante o registrado na semana anterior, de 1,018 milhão de barris por dia. Os estoques do biocombustível aumentaram 2,7%, para 22,8 milhões de barris.